terça-feira, 18 de novembro de 2014
Meu melhor amor!
E eu fiquei ali, imóvel, por mais ou menos 20 ou 30 segundos. Não sei precisar. É que beijo é algo íntimo e por mais que pareça que não, a troca acaba sendo coisa de alma. E quando a gente percebe, alguém levou um pouco da nossa e deixou parte da dela. E foi o que ele fez. Não esperou nem eu terminar de falar, não esperou eu completar a frase. E ia ser a frase mais clichê que eu iria dizer e ele ouvir. Eu sem dúvidas repetiria o velho jargão que essa história de misturar as coisas não daria certo, que eu só o via como amigo e nada mais que isso e que a gente ia acabar se machucando.
E as palavras, aquelas que eu estava ensaiando mentalmente enquanto ele me dizia o quanto estava apaixonado e que não me via somente como amiga...E as palavras...E as palavras? É...uma boa pergunta. Ele me olhou sorrindo, de um jeito convencido, como se já soubesse o bem que me causava. Um misto de raiva e desejo me consumia. Como ele podia ser tão convencido daquela maneira? Como podia me deixar desconsertada daquele jeito? E a sensação que eu tinha, é que havia acabado de conhecê-lo, apesar de anos da nossa amizade.
- Não vai me dizer nada? - Perguntou curioso e risonho.
- Por quanto tempo você acha que duraria a nossa amizade? - Perguntei
- Achei que você já soubesse. Se depender de mim a vida inteira! - Respondeu me passando a maior certeza em cada uma de suas palavras.
Eu não tinha mais o que questionar. E ali eu vi que a única coisa que eu podia fazer era agradecer, por ter - sem muito trabalho - encontrado em uma única pessoa o meu melhor amor e o meu melhor amigo.
Ele me abraçou, com o abraço de amor e não de amigo e da mesma forma de sempre eu pensei: É aqui que pro resto da vida eu quero ficar.
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