quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Aquele negócio no estômago!
Sei lá, é que você me dá aquele negócio no estômago. Aquele negócio que não é enjoo, nem fome. É aquele frio, quase pertinho do Pólo Norte, aquela tremidinha dos Terremotos do Japão. E toda vez parece ser a primeira e eu ainda não acostumei.
Sei lá, é que toda vez que você passa eu tento de forma tola e desconsertada, fingir que sou normal e sociável. E que não sinto aquele frio que não é fome, nem enjoo. E se fosse, seria até algo melhor.
Sei lá, é que cada vez que você me dá um "tchauzinho" de longe, eu desejo que você me dê um "oi" de tão perto que me faça parecer pateta sem saber o que vou responder. E sei lá, mas acho que não queria sentir nada disso que eu sinto, mas sinto muito.
Sei lá, é que fico imaginando como deve ser a sua voz e a sua gargalhada quando um dia, se por acaso, eu tiver a oportunidade de comentar sobre a inveja que tenho do seu cabelo mais volumoso que o meu. E eu fico aqui pensando se prolongaríamos o assunto ou seria somente mais um papo frouxo para não nos desapontarmos assim de cara. E eu fico aqui torcendo: "Não me desaponte!".
Sei lá, é que talvez isso não dê em nada. Talvez eu nunca receba seu "oi" ou te faça dar gargalhadas, mas eu fico aqui... E continuo aqui... Sentindo aquele negócio no estômago que não é forme e nem enjoo.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Meu melhor amor!
E eu fiquei ali, imóvel, por mais ou menos 20 ou 30 segundos. Não sei precisar. É que beijo é algo íntimo e por mais que pareça que não, a troca acaba sendo coisa de alma. E quando a gente percebe, alguém levou um pouco da nossa e deixou parte da dela. E foi o que ele fez. Não esperou nem eu terminar de falar, não esperou eu completar a frase. E ia ser a frase mais clichê que eu iria dizer e ele ouvir. Eu sem dúvidas repetiria o velho jargão que essa história de misturar as coisas não daria certo, que eu só o via como amigo e nada mais que isso e que a gente ia acabar se machucando.
E as palavras, aquelas que eu estava ensaiando mentalmente enquanto ele me dizia o quanto estava apaixonado e que não me via somente como amiga...E as palavras...E as palavras? É...uma boa pergunta. Ele me olhou sorrindo, de um jeito convencido, como se já soubesse o bem que me causava. Um misto de raiva e desejo me consumia. Como ele podia ser tão convencido daquela maneira? Como podia me deixar desconsertada daquele jeito? E a sensação que eu tinha, é que havia acabado de conhecê-lo, apesar de anos da nossa amizade.
- Não vai me dizer nada? - Perguntou curioso e risonho.
- Por quanto tempo você acha que duraria a nossa amizade? - Perguntei
- Achei que você já soubesse. Se depender de mim a vida inteira! - Respondeu me passando a maior certeza em cada uma de suas palavras.
Eu não tinha mais o que questionar. E ali eu vi que a única coisa que eu podia fazer era agradecer, por ter - sem muito trabalho - encontrado em uma única pessoa o meu melhor amor e o meu melhor amigo.
Ele me abraçou, com o abraço de amor e não de amigo e da mesma forma de sempre eu pensei: É aqui que pro resto da vida eu quero ficar.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Errar é humano, mas persistir no erro é perda de tempo.
Eu já magoei muita gente, já fui fria e calculista em minhas palavras, já falei com a intenção exclusiva de ferir. Eu já fui cruel em não perdoar, já deixei as oportunidades passarem por puro orgulho. Já fingi não me importar e jamais voltei atrás na minha posição radical. Já fiquei sem falar e até já exclui da minha vida. Já desejei o mal na hora da raiva intensa, já desejei a morte e já desejei matar. E não teria porque esconder nada disso, porque somos isso, somos humanos, somos um quebra cabeças cheio de falhas e peças que jamais se encaixarão.
E o melhor de tudo é reconhecer isso, assumir que errou, enxergar de fato como você é, ali com todas as suas variáveis, pois esse será o primeiro e grande passo para futuras mudanças. Assumir que errou, assumir que tem defeitos, não faz de você uma pessoa má, faz de você uma pessoa atenta e aberta a seguir um caminho novo e muito melhor.
A gente se encontra ali, envolvidos em culpa, erros e mágoas. Mas é preciso aceitar que os erros nos ensinam muito, inclusive a buscar ser o melhor sempre. Não por ninguém, não pelos outros, mas por nós mesmos. E o tempo passa e a gente entende que o caminho não é bem aquele. A gente entende que a bagagem está pesada demais para sair arrastando por aí. E então cabe a gente buscar a evolução, a melhora, o perdão. Não somente dos outros, mas principalmente o nosso perdão.
Exigem de nós a perfeição o tempo inteiro, seja lá em qual área for. E lá estamos nós, mergulhados em angústias por nunca atingir esse estado tão imposto. Mas a vida é isso meu caro, imperfeita, rebocada, reformada. Não se cobre a perfeição, não se cobre nunca errar, não se cobre ser melhor que os outros. Mas se permita aprender com seus erros, se permita caber em suas expectativas e acima de tudo se permita superar somente a você mesmo. E a partir disso, você será melhor sim, não mais que os outros e sim melhor para você, o que respingará no mundo ao seu redor.
O que fomos no passado só deverá refletir em quem somos no futuro, quando for algo que nos traga ganhos e crescimento, de resto...Quem precisa de resto para viver, não é mesmo?! Então, pega tudo aquilo que te amarra, toda âncora que te prende ao passado e simplesmente se desfaz dela. E então saberá que não há sensação melhor do que ser você mesmo e conviver com você, seus defeitos, erros e virtudes.
Errar é humano, mas persistir no erro é perda de tempo.
Fico por aqui!!
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