sexta-feira, 27 de junho de 2014

Privilégio em cor!




Estava aqui pensando sobre o preconceito racial. O quanto historicamente o negro é marcado por um processo pesado e de violência. Pensando no racismo velado que vivemos até hoje, dia após dia. E pensando também, o quão sem cabimento é presenciar tudo isso até hoje. 
Leiga que sou, ainda não entendo o "Como" tudo começou. Mas pensando a respeito, me parece até despeito. Despeito da nossa cor, que por si só já traz um brilho natural, nos protege mais do sol, pela quantidade de melanina. Parece despeito com a textura do nosso cabelo crespo, que muitos crescem pra cima, formando uma coroa e impondo respeito naturalmente. Parece despeito com a nossa criatividade de reaproveitar os restos de comida e fazer deles os melhores quitutes hoje já experimentados internacionalmente, gringos que vem de longe provar do nosso Acarajé, vatapá, caruru, dentre outros. E parece despeito também com a nossa maneira de enfrentar as dificuldades, os tempos ruins e difíceis. Transformando tudo isso em dança, gingado, capoeira e arte. 
Não, tudo isso não justifica. Mas foi o que me veio em mente por alguns minutos. Somos tão ricos em cultura, estrutura física, cor de pele, textura de cabelo. Ricos que somos, e apesar de tanta dificuldade para nos impormos, é relativamente natural que tentem por todos os meios uma busca eterna em nos diminuir. 
Tentam isso a todo instante chamando-nos de "mulatas", "escurinhos", "cabelo duro", "cabelo de bombril". Tentam isso nos falando que "cabelo liso, mostra classe", "Ela é uma negra bonita", "Preto quando não caga na entrada, se encarrega na saída". 
Mas quer saber? Se não fossemos nós, nosso sangue, nossa raça, nossa persistência. Muitos paradigmas não seriam quebrados até hoje. 
E aos Pretos/Negros/ Afro descendentes que se encarregam ainda que sem saber, de propagar o racismo da própria cor, eu só lamento. 
Não sou morena, eu sou neguinha!

Fico por aqui!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

COISAS QUE APRENDI DENTRO DA IGREJA!


Bom, quem me conhece atualmente sabe qual a minha posição sobre instituições religiosas, mais especificamente as evangélicas. Nasci, cresci e passei parte da vida dentro de uma, vi algumas coisas que não gostaria, assim como vivi também. Mas tudo tem seu lado positivo, tudo traz um ganho e aprendizado. Nesse caso não seria diferente. 
Dentro da igreja eu aprendi a perder a timidez para apresentações públicas por exemplo. Desde muito pequena, participava de apresentações, peças de teatro, dança, leitura da bíblia em voz alta, ministração da palavra, dirigir cultos, coral e por aí vai. O que facilitou durante meu processo escolar, até a faculdade na hora de apresentar trabalhos em grupo e/ou individuais. O nervosismo existe, mas facilita muito saber o caminho.
Aprendi também a interpretar texto. Lembro que inicialmente não conseguia sequer entender um parágrafo da bíblia, mas quem tem a sensibilidade para interpretar textos bíblicos já está em um bom caminho para interpretar qualquer outro livro. E foi assim também que criei paixão pela leitura. E futuramente veio me ajudar com os textos mirabolantes passados durante o período de faculdade.  
Aprendi a conviver em grupo, lembro-me que participava de acampamentos (Retiro Espiritual), e aos finais de semana passava em tempo integral na Igreja. O que fez com que eu me adaptasse muito cedo com convivência em grupos grandes, com diversidade e pessoas de todos os tipos. E assim também aprendi a dividir as coisas, sei que esse princípio é geralmente empregado na educação doméstica (para quem tem), mas com a igreja aprendi a dividir, a ser solícita e solidária e por incrível que pareça, até onde me recordo, sem muita imposição de culpa ou pecado. 
Com a igreja eu aprendi também a ter responsabilidades, pois havia horários para cultos, compromissos para os finais de semana, como chegar no horário no culto de jovens ou na escola infantil, leituras de texto e apresentações dos mesmos. Ah! E aprendi também a organizar pequenos eventos, como peças teatrais, apresentações, festa de Páscoa, Tabernáculos, ceia. O que explorava muito o meu lado criativo, gerando estímulo para que eu prosseguisse criando coisas. 
Aprendi a transcrever gravação de áudio. Pode parecer meio surreal hoje em dia, mas na época era fita cassete e as ministrações para não serem perdidas, eram transcritas (a mão) e guardadas. Dava um trabalho, mas era um tanto terapêutico. 
Dentro da igreja eu aprendi o que eu queria e deveria ser como ser humano, mas foi lá dentro que eu aprendi o que eu nunca seria. 
Lá dentro descobri dons e habilidades únicas. Aprendi a não me habituar muito com as modinhas em massas, com as festas sociais capitalistas e a impor minhas ideias e personalidade quando era necessário. 
Viram só quantas habilidades eu desenvolvi lá dentro?! E assim sigo minha vida, buscando ver o lado bom e positivo de tudo que eu experimento. 
Ah e foi dentro da igreja que eu aprendi a beijar também, mas isso aí já fica para um próximo post. 
Fico por aqui. 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Calibrando os "F"s!





É que às vezes a gente quer tudo "pra ontem". Coloca metas, planos e prazos em tudo. Mas "pra ontem", ficou lá atrás, impossível realizar algo que já passou. Tem horas que é necessário pisar no freio, desacelerar...
Na vida é importante ter metas, sonhos, planos. Lógico que sim. Mas nem tudo depende somente de nós. Depende dos outros, de respostas, de consequências. E aí, se planejamos as coisas de forma "Caxias", se somos teimosos e inflexíveis com nossos prazos, acabamos deixando passar algumas lições e oportunidades que podem nos ensinar muito mais que algumas respostas que esperamos. 
Na verdade, tudo, absolutamente tudo na vida da gente, depende de paciência. Já viu alguém fazer alguma coisa perfeita, baseado na pressa? Não! Nem eu. O próprio dito popular, já diz que:  "A pressa é inimiga da perfeição." 
Pois então planeje, estruture seu tempo, seus planos e sonhos. E se por algum a caso no meio do caminho não sair como planejou, saiba ser leve, saiba improvisar, saiba rir das adversidades. Quando não sair como você esperava, apenas se pergunte: "O que devo aprender com isso?". E ao se perguntar isso, jamais sairá perdendo. 
Abaixo do céu tudo tem seu tempo certo para acontecer, acredite você nisso ou não, acredite você em divindade ou não. Sendo assim, o que for realmente para ser teu, virá. Virá de onde você menos espera, virá da maneira mais inusitada, mas virá. E quando falo isso, não digo que é para você aconchegar a buzanfa rechonchuda em uma poltrona confortável e ficar lá esperando cair do céu. Não, não mesmo. Quando falo em esperar, é ter a certeza que aquilo que almeja acontecerá, mas enquanto isso, trabalhe. Trabalhe sua atenção para as coisas que cooperarão para isso chegar até você. Trabalhe a gratidão por receber o que tanto almeja. Trabalhe a dedicação em não desistir por um simples e pequeno NÃO. Trabalhe-se, aceite-se e acima de tudo confie em você mesmo. Se você não for o primeiro a fazer isso por você, ninguém fará. 
Então é isso. Foco no objetivo, força na caminhada e fé que tudo, absolutamente tudo que você desejar com intensidade, perseverança e trabalho você conseguirá. 
Fico por aqui!