sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Perto da crise dos 20 poucos anos...



Pensando em todos esses anos, gostaria de resumi-los em uma frase: "Me sinto totalmente realizada!". Mas não, não me sinto. E que bom que não me sinto. 
Que graça teria se eu estivesse totalmente realizada? O que mais eu teria pra buscar? Que sentido haveria daqui pra frente?
Então que bom que não me sinto assim, talvez não me sinta nunca, talvez não queira me sentir assim. Acho enfadonho, mesquinho, pequeno demais pra quem quer tanta coisa como eu. Não quero estar satisfeita nunca (se é que me entendem). 
Eu nunca vou ser a mesma que você conversou ontem, nunca vou ser a mesma que você deixou ontem. Sou muito intensa apesar de preguiçosa, sou muito curiosa apesar de desatenta, sou muito "emoção" apesar das minhas ferraduras. 
Então não se assuste, não me compre, não caia de vez nessa minha lábia tentadora, não se deixe seduzir. Mas me ame, me ame desse jeito imperfeito, todo torto e bagunçado. Sou assim, sou igual ao meu quarto que parte eu arrumo e preservo e outra parte eu não sei nem o que tem mais lá. Sou toda interessante e muitas vezes esse jeito misterioso desperta uma tamanha curiosidade, mas na mesma proporção eu sou cansativa com minhas brincadeiras exageradas, sou chata a beça. Mas tem gente que compra, tem gente que cai nessa minha lábia tentadora, tem gente que se deixa seduzir e que ainda por cima, me ama. 
E é bom perceber que a gente já se conhece bem, já sabe como é e se entende. Difícil seria saber de tudo isso e não se aceitar. 
Pensando em todos esses anos, pude perceber o quanto eu não sou nada daquilo que imaginei que seria. E que bom, sabe por quê? Eu me subestimava demais, hoje eu só me saboto.Isso é lamentável eu sei, mas já posso dizer que percebo isso com maior facilidade. 
E o tempo vai passando e não ter esse controle do que a gente vai se tornando é de fato desesperador, mas parece que eu gosto das coisas assim, cheia de surpresas. Esse frio na barriga que eu sinto constantemente, não deve ser algo tão danoso, ainda não me matou. Só queima, sabe? Acho que é gastrite. 
Fico por aqui. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Um pedaço...

Eu não prometo constância, não prometo estabilidade e nem prometo ser tão previsível.
É que às vezes isso vem de brinde, eu dou que nem percebo, mas em outros momentos eu sou inconstância total. Enjoou com facilidade das pessoas, do modo delas repetirem comportamentos, da maneira delas falarem da vida, da forma que elas levam tudo tão à sério, do tom de voz e da risada muitas vezes forçadas só para agradar.
Já em outros momentos sou toda "ouvidos", sou toda emoção, quero grudar, quero saber e me importo com cada detalhe, me importo com qualquer coisa que a pessoa se disponha a me dar.

Eu não gosto de prometer nada. Não prometo fidelidade, nem de pensamento, nem de sentimento e nem por isso deixaria de confiar em mim. Não me acho errada em não prometer nada. É que prefiro a espontaneidade, o amor solidário, autêntico, sem arrependimentos, sem forçar muito a barra.
Resumindo, sou inconstante, sou instável, sou assim. 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

E então ela viu que não precisava mais...



E então ela viu que não precisava mais...
Não precisava depender daquele amor que não era pra ela.
Não precisava correr atrás de quem nunca a quis.
Não precisava chorar toda noite antes de dormir.
Não precisava forçar o riso pra mostrar que estava tudo bem.
Não precisava esperar ele voltar quando quisesse.
Não precisava cobrar dele o que ele não tinha pra dar.
E então ela viu que não precisava mais...
Não precisava mendigar a atenção que tanto queria.
Não precisava esperar o dia que ele sentisse a sua falta.
Não precisava ligar em oculto para ouvir a sua voz.
Não precisava gritar no travesseiro por não poder desabafar.
E então ela viu que não precisava mais, já não fazia sentido.
Tudo que ela sentia já havia se perdido.
E foi então que ela viu que não precisava mais, não tinha necessidade procurar no outro algo que ela tinha nela mesma o tempo todo, mas nunca havia percebido.

domingo, 3 de novembro de 2013

Permanecer...


Permanecer é quando você não tem a obrigação de estar, mas sente extremo prazer em ficar ali. É quando você percebe que não há compromisso mais honroso do que o cuidar, apoiar, amar, ouvir, sentir, dividir. É quando você tem mil e uma possibilidades de ir embora, mas sente que a sua missão é ficar. 
Permanecer é quando o amor fala mais alto e você confirma para si mesmo, que a sua vida jamais seria a mesma se não estivesse ali. É quando de forma sutil, você se lembra o quanto é amado, querido e o quanto é importante na vida de alguém. É sentir de longe a importância de ser e estar ali para todos os momentos. 
Permanecer é a maneira prática de dizer "TE AMO" com seus defeitos, manias chatas e muito mais pelas suas qualidades. É saber destacar o que o outro tem de melhor. É sugar as coisas boas e aprender sempre com o outro. 
Permanecer nada mais é que uma missão. E não importará a distância, os obstáculos, as dificuldades corriqueiras da vida. Estaremos sempre ali, sem obrigação, sem cobranças, só com o amor e a consciência que essa missão é leve, mas de uma responsabilidade enorme. 
Permanecer foi o a desculpa que a gente construiu para sermos presentes na vida uma da outra. Foi o suporte que encontramos de nos sentirmos cada vez mais ligadas. Foi a maneira mais eficiente de superar as crises na TPM, os problemas do dia dia, os contratempos familiares, os estresses da vida amorosa.
E foi assim, dessa maneira que não sabemos ao certo quando e como começou que decidimos, por livre e espontânea vontade PERMANECER. Fazer disso um mito, um ofício, um laço. Laço firme, fino e elegante. 
E eu, como sempre de costume agradeço: Obrigada por permanecerem.